Este é um assunto bastante delicado
e como toda a relação fica difícil meter a colher sem tomar partidos e não acabar
perdendo a mão em ponderar, no que diz respeito à relação entre empregado e empregador,
na verdade a imagem que me vêem a cabeça é a de um verdadeiro cabo de guerra,
onde de um lado há o patrão sempre querendo maior produtividade e lucro, do
outro está o empregado, querendo mais benefícios e menos pressão.
A principal causa dos conflitos
acontece justamente na zona de convergência entre produtividade e pressão, é
perfeitamente compreensível que o empregador queira um alto desempenho de seus colaboradores,
afinal uma empresa precisa dar lucro ou então irá fechar suas portas, mas
algumas pressionam tanto que colhem justamente o contrário do resultado
esperado.
O empregador para não cometer
excessos deve estar atento, as seguintes situações são excelentes indicadores
do uso demasiado da autoridade de patrão: número excessivo de horas extras (que
é certamente o sinal mais claro de que algo não anda bem), mudança contínua de
tarefa (“faça isso, faça aquilo...”) e das prioridades entre as atividades (“Isso
é pra agora!”).
Há também outros pequenos sinais que
o colaborador certamente enviará se algo não estiver bem, como mudança no
estado de humor, pequenos atrasos, faltas e até adoecimento.
O trabalhador por sua vez deve
ter maturidade para expor seus limites e dizer como se sente, sem dúvidas à
melhor atitude a ser tomada em qualquer relação saudável é a conversa. Outra atitude
importantíssima é aprender a dizer “não”, o que pode vir a ser um divisor de
águas na relação trabalhista.
A seguinte situação pode ilustrar
melhor o que quero dizer.
Na época como Analista de RH recém
contratado por uma empresa de TI, onde havia um turnover (termo relativo à admissão e demissão de funcionários) bem
grande naquele momento, eu participava de uma reunião com três diretores da empresa,
quando ouvi a seguinte ordem:
- Você deve chamar o mais rápido possível aquele candidato, vê se ele
pode vir amanhã. Disse o Diretor Técnico.
- Não posso, preciso de tempo para que ele entregue toda a
documentação, agendar os treinamentos de integração, solicitar ponto, cartão de
transporte... Fui interrompido com um resmungo de aceitação.
Naquele momento se digo sim,
certamente teria criado um problema com o pessoal do DP (Departamento Pessoal),
com o funcionário e talvez algo até maior , logo após esse episódio criamos a
regra de contratar na última semana do mês, para que assim todo o processo
fosse mais fácil. Por isso digo que o “não” é algo tão importante a se aprender
na vida profissional.
Certamente há inúmeras situações
que geram animosidades e que poderiam ser abordadas aqui, porém, existindo boa
vontade de ambas as partes para se chegar a uma solução equilibrada, qualquer
situação não deve ser empecilho para que possamos criar ambientes laborais mais
saudáveis, afinal são nos nossos trabalhos que passamos na maioria dos casos,
maior parte de nossas vidas.
Para finalizar faço as seguintes
perguntas:
Você empregador, o que seu
funcionário pensa ao seu respeito?
Você trabalhador, o que você tem
feito para melhorar o seu trabalho?
Se as respostas não forem
positivas é hora de repensar e ter uma DR.
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